António Botto
[Quanto, Quanto Me Queres? – Perguntaste]
Quanto, quanto me queres? – perguntaste
Numa voz de lamento diluída;
E quando nos meus olhos demoraste
A luz dos teus senti a luz da vida.
Nas tuas mãos as minhas apertaste;
Lá fora da luz do Sol já combalida
Era um sorriso aberto num contraste
Com a sombra da posse proibida…
Beijámo-nos, então, a latejar
No infinito e pálido vaivém
Dos corpos que se entregam sem pensar…
Não perguntes, não sei – não sei dizer:
Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.
1 comentário:
Se dizes que gostas de escrever, porque não, escreves, textos ou poesias próprias. Escrever algo dos outros, torna-se fácil. Pelo que me apraz registar, és bem capaz de escrever também. Podes tentar!
Insisto, fá-lo, tens romantismo dentro de ti. Cheiro-o a meia d
uzia de kilometros de distancia.
ze_pedro2003@hotmail.com
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