quarta-feira, março 19, 2008

Aos 30 alguma diferença havia de se notar

Hoje acordei assim. Não exactamente "assim" mas com um par de olheiras nos olhos.
Uma semana atrás gabava-me de não ter olheiras nem rugas, no alto dos meus *** anos. dos meus 30 anos. Conselho ao meu corpo: nunca dormir mais do que quatro/cinco horas. Fico com olheiras. O meu corpo dispensa esse sono prolongado. Não faz parte da sua natureza. Tenho dito, a mim. Vale o que vale. Vale para mim....
Para depois não ficar com o olhar triste... além das olheiras que o compõem. A ver se isto volta ao sítio.

terça-feira, março 18, 2008

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Hoje posso estar assim?
Amparas-me?
Proteges-me?
Coloca-me nessa redoma que são as palmas da tua mão feitas concha
E depois atira-me ao mar
Que me espera e me vai levar...
Tem é de ser hoje...
Obrigada...


Estes dias não têm cor. As pessoas dizem que são cinzentos mas não são. São um borrão. Não são nada... São dias e noites de um inverno que ainda não deixou.
Quando tudo parece distante vai-se a ver e não é bem assim. A noção do tempo inverte-se na nossa lógica esquecional.
Olhamos as coisas sem as ver realmente. Pensamos sem pensar. Trabalhamos por trabalhar. Assistimos sem dar por isso ao tempo a passar e quando achamos que já passou o tempo suficiente vamos a ver e olha, afinal não.
Não me importa que chova ou faça sol. Prefiro o sol e prefiro a lua cheia. Gosto de me molhar na chuva - se chorar ninguém vai notar porque as lágrimas se vão confundir com os salpicos de água que caem do céu. Do céu ou das nuvens? não importa é lá de cima...
Já me esqueci de muita coisa. Outras de que nem tinha memória vêem ter comigo agora - aos trinta anos. Ele há cada coisa... Ui Ui...
Deste passado recente é que não me recordo. Dantes a névoa recaia nas recordações que supostamente deveria ter da minha infância. gora recai sobre os últimos 10 anos, coisa e tal. Recai sobre meio ano coisa e tal. A memória é danada...
Recai sobre um minuto que não teve importânia alguma. Não o retive. Não quis. Não era bom. Sei lá porquê mas apagou-se. Como uma luz que se queima, uma vela ao sabor do vento. Era eu. Soprou o vento mais forte e fui-me.
Estou aqui mas não sou vela nem quente, nem ilumino ninguém. A gente também se farta.
Farta-se de ser gente e farta-se da gente que nos rodeia em determinado período. Não há muito a fazer. Não fazer frete. Seguir em frente.
Vamos para velhos e regressamos a uma nova infância. Vejo isso em certas pessoas. Ou então é feitio e defeito serem tão infantis.
Quem quer mimo neste dia frio e sem cor? E se enrolar num cobertor? E esquecer de vez aquela dor? E ouvir apenas o respirar tranquilo de quem adormece embalado pela recordação mais suave que tem? Ou por nenhuma recordação apenas o relaxar??
Quem?
Quem?
Quem?