quinta-feira, setembro 07, 2006

Eu Sou Pela Selecção Nacional!!!


Não se vive sem futebol em Portugal. É um facto. Ninguém dispensa aquele calafrio no estômago que se sente sempre que o clube da nossa eleição defronta outro. Ninguém deseja mais do que tudo do que um fim-de-semana repleto de transmissões televisivas ou dos relatos de futebol, isto quando não é possível a deslocação ao estádio para ver in loco o clube que tanto nos faz vibrar.
Alguém descreveu a trilogia portuguesa como Fado, Fátima e, claro está, Futebol. Aparte os jogos da I Liga é quando joga a Selecção Nacional que os corações ficam ao rubro. Clubissices ao lado, todos se unem num só objectivo: ver os nossos "meninos" fazerem das suas com os pés que, às vezes, mais parecem mágicos e, se possível, ganhar.
Como há muito tempo não se via igual, Portugal e a sua selecção de ouro é temida pelos grandes da Europa e do Mundo. Já se viu que Portugal pode ir longe, pode encher de orgulho todos aqueles que vão torcer até às últimas consequências pela selecção, pelos "meninos" cheios de talento a aventurarem-se por voos tão mais altos. “Meninos” que quando jogam nos seus clubes não são brilhantes mas que integrados no conjunto nacional ultrapassam o brilhantismo – são profissionais à séria, lutam, choram, riem, vibram, dão-nos – a nós adeptos – uma alegria enorme que até de desculpa quando perdem, porque sabemos que dão tudo por tudo. Eu sei que somos todos treinadores de bancada, e o que escrevo é tão-somente o que sinto.
Resta esperar, mas com fé, com muita fé, ou como eu agarrada ao cachecol, atapar os olhos nos lances mais perigosos e a suspirar de alívio quando esses passam, sejam bons ou maus. E se não formos tão longe quanto o esperado pelo menos sabemos que tentamos, que eles, esses "meninos" deram o melhor de si e mais não conseguiram porque outros melhores do que nós não o permitiram. Há que ter a humildade em admitir que não somos os melhores do mundo. Mas para lá caminhamos, a avaliar pelo que nos tem sido mostrado, esquecendo alguns desaires, mas, pronto, são coisas que acontecem. Não podemos nunca ter a ousadia e a veleidade de nos acharmos, a priori, os melhores, imbatíveis, inderrubáveis. Porque não o somos e todos sabemos que no que toca ao futebol a sorte pode sempre ajudar um bocadinho quando aliada ao saber jogar, e isso os nossos " meninos" já têm.
Aos pupilos de Scolari cabe a difícil tarefa de não desiludir aqueles que neles apostam e que deles esperam simplesmente uma coisa: que façam o serviço o mais direitinho quanto for possível, perdendo ou ganhando.
Estou farta das tricalhices do nosso campeonato, devem ser únicas de tão mesquinhas que são, e por isso mesmo tomei uma decisão – deixo o meu coração bater e simpatizar pelo Benfica mas passo a ser adepta ferrenha da Selecção Nacional!!!

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