O aqui e o agora
Falar sobre o futuro é debruçar-me no parapeito da utopia. Que futuro? O amanhã, a próxima hora, o próximo minuto, tudo que vai além do agora é absolutamente imprevisível. O passado já foi. O presente está a ser, o futuro será o que tiver de ser. Não devemos viver angustiados com nenhum desses tempos até porque não são controláveis.
Quando saímos do ventre materno nasce connosco uma estrada, cheia de curvas, contracurvas, intersecções, rotundas, caminhos, cruzamentos e! sem qualquer tipo de indicação. Resta-nos percorrê-la. Não há nenhum retorno uma vez escolhido um caminho. Podemos muitas vezes parar num beco escuro, aninharmo-nos e até chorarmos por não ver qualquer saída. Mas levantamo-nos, damos passinhos pequeninos e por fim uma luz que nos tira de lá. E outro caminho nasce…
Claro que o futuro assusta estando ele, umbilicalmente, ligado ao crescer. Quando mais nova falava do futuro equivalia a falar de mim adulta, imaginando-me a viver essa vida neurótica dos crescidos que ia observando. Crescer implica uma série de coisas, mas de forma alguma será sinónimo de abandonar os sonhos que nos comandam a vida mas antes lutar a fundo para os tornar realidade.
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