sexta-feira, setembro 08, 2006

António Botto

[Quanto, Quanto Me Queres? – Perguntaste]


Quanto, quanto me queres? – perguntaste
Numa voz de lamento diluída;
E quando nos meus olhos demoraste
A luz dos teus senti a luz da vida.


Nas tuas mãos as minhas apertaste;
Lá fora da luz do Sol já combalida
Era um sorriso aberto num contraste
Com a sombra da posse proibida…


Beijámo-nos, então, a latejar
No infinito e pálido vaivém
Dos corpos que se entregam sem pensar…

Não perguntes, não sei – não sei dizer:
Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.

1 comentário:

Anónimo disse...

Se dizes que gostas de escrever, porque não, escreves, textos ou poesias próprias. Escrever algo dos outros, torna-se fácil. Pelo que me apraz registar, és bem capaz de escrever também. Podes tentar!
Insisto, fá-lo, tens romantismo dentro de ti. Cheiro-o a meia d
uzia de kilometros de distancia.
ze_pedro2003@hotmail.com