Pensava que gostava de rosas até descobrir a tulipa
Pensava que gostava de rosas até descobrir a tulipa. Pensava que não gostava que me catalogassem até me chamarem princesa. Ou princesa Tulipa.
Pensamos muita coisa até descobrirmos que o que pensávamos é bastante mutável. Não penso que agora volte a sê-lo. Gosto mesmo de tulipas e quem um dia me alertou para tal facto não imagina o horizonte que me abriu.
Também acho piada aos amores-perfeitos. Só uma flor poderia ter tal designação.
Depois de me compararem a uma tulipa nunca mais voltei a ser rosa. Por livre arbítrio entenda-se. Podia ser qualquer coisa mas iniciei um romance com as tulipas, uma cumplicidade que não ouso quebrar.
Um dia hei-de ter como sempre desejei uma Ana Rosa. Mas a rosa Ana já não sou eu, nem podia se nunca cheguei a ser. Nem a tal aspirei.
Parece que os espinhos são domínio exclusivo das rosas. Puro engano. Todas as flores e plantas têm os espinhos que vida nelas coloca. A nossa vida. A minha em particular.
Vão-se a rosas, alegro-me com as tulipas e pico-me e magoo-me e dói-me. Não igual. É outra dor que a da rosa faz parte do passado. Esta também fará quando a curar. Ficará o gosto pela flor. Só pela flor. Sem comparações – ou alguma que me seja impossível não estabelecer…
2 comentários:
Tenho estado atento à tua fantástica escrita. Tal como havia prometido estou a escrever umas simples palavras para te dizer que é nas alturas menos favoráveis do dia que busco consolo no teu blog.
voltarei para te dizer o que mereces que é muito mais que estas circunstanciais palavras.
De um amigo que muito te estima...Gil
Olá Princesa;
Ler-te descontrai-me, e leva-me ao mundo dos teus sonhos. Como elogio não é pouco, pelo menos partindo de mim. Mostras o teu mundo, e com pincelada de artista pintas, a tua - nossa pela partilha - existência.
Por vezes pergunto-me como se sente quem tanto revela resguardando-se, e quem tanto se esconde mostrando-se ao mundo. Mas, sinto que o fazes com prazer, e isso é fundamental...
Continua.............
AFlo
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