sexta-feira, julho 25, 2008

do tanto que não escrevi

Não escrevi. Não tenho escrito.
Não deixei de pensar mas não me apetecia. escrever. nem rabiscar num bloquinho.
pensando bem ainda não me apetece...
....

quinta-feira, junho 05, 2008

quinta-feira, março 27, 2008

Carlos Paiao - Cinderela

é daquelas que trauteio no carro e que canto sorrindo à minha priminha...

quarta-feira, março 19, 2008

Aos 30 alguma diferença havia de se notar

Hoje acordei assim. Não exactamente "assim" mas com um par de olheiras nos olhos.
Uma semana atrás gabava-me de não ter olheiras nem rugas, no alto dos meus *** anos. dos meus 30 anos. Conselho ao meu corpo: nunca dormir mais do que quatro/cinco horas. Fico com olheiras. O meu corpo dispensa esse sono prolongado. Não faz parte da sua natureza. Tenho dito, a mim. Vale o que vale. Vale para mim....
Para depois não ficar com o olhar triste... além das olheiras que o compõem. A ver se isto volta ao sítio.

terça-feira, março 18, 2008

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Hoje posso estar assim?
Amparas-me?
Proteges-me?
Coloca-me nessa redoma que são as palmas da tua mão feitas concha
E depois atira-me ao mar
Que me espera e me vai levar...
Tem é de ser hoje...
Obrigada...


Estes dias não têm cor. As pessoas dizem que são cinzentos mas não são. São um borrão. Não são nada... São dias e noites de um inverno que ainda não deixou.
Quando tudo parece distante vai-se a ver e não é bem assim. A noção do tempo inverte-se na nossa lógica esquecional.
Olhamos as coisas sem as ver realmente. Pensamos sem pensar. Trabalhamos por trabalhar. Assistimos sem dar por isso ao tempo a passar e quando achamos que já passou o tempo suficiente vamos a ver e olha, afinal não.
Não me importa que chova ou faça sol. Prefiro o sol e prefiro a lua cheia. Gosto de me molhar na chuva - se chorar ninguém vai notar porque as lágrimas se vão confundir com os salpicos de água que caem do céu. Do céu ou das nuvens? não importa é lá de cima...
Já me esqueci de muita coisa. Outras de que nem tinha memória vêem ter comigo agora - aos trinta anos. Ele há cada coisa... Ui Ui...
Deste passado recente é que não me recordo. Dantes a névoa recaia nas recordações que supostamente deveria ter da minha infância. gora recai sobre os últimos 10 anos, coisa e tal. Recai sobre meio ano coisa e tal. A memória é danada...
Recai sobre um minuto que não teve importânia alguma. Não o retive. Não quis. Não era bom. Sei lá porquê mas apagou-se. Como uma luz que se queima, uma vela ao sabor do vento. Era eu. Soprou o vento mais forte e fui-me.
Estou aqui mas não sou vela nem quente, nem ilumino ninguém. A gente também se farta.
Farta-se de ser gente e farta-se da gente que nos rodeia em determinado período. Não há muito a fazer. Não fazer frete. Seguir em frente.
Vamos para velhos e regressamos a uma nova infância. Vejo isso em certas pessoas. Ou então é feitio e defeito serem tão infantis.
Quem quer mimo neste dia frio e sem cor? E se enrolar num cobertor? E esquecer de vez aquela dor? E ouvir apenas o respirar tranquilo de quem adormece embalado pela recordação mais suave que tem? Ou por nenhuma recordação apenas o relaxar??
Quem?
Quem?
Quem?

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Pensava que gostava de rosas até descobrir a tulipa



Pensava que gostava de rosas até descobrir a tulipa. Pensava que não gostava que me catalogassem até me chamarem princesa. Ou princesa Tulipa.
Pensamos muita coisa até descobrirmos que o que pensávamos é bastante mutável. Não penso que agora volte a sê-lo. Gosto mesmo de tulipas e quem um dia me alertou para tal facto não imagina o horizonte que me abriu.
Também acho piada aos amores-perfeitos. Só uma flor poderia ter tal designação.
Depois de me compararem a uma tulipa nunca mais voltei a ser rosa. Por livre arbítrio entenda-se. Podia ser qualquer coisa mas iniciei um romance com as tulipas, uma cumplicidade que não ouso quebrar.
Um dia hei-de ter como sempre desejei uma Ana Rosa. Mas a rosa Ana já não sou eu, nem podia se nunca cheguei a ser. Nem a tal aspirei.
Parece que os espinhos são domínio exclusivo das rosas. Puro engano. Todas as flores e plantas têm os espinhos que vida nelas coloca. A nossa vida. A minha em particular.
Vão-se a rosas, alegro-me com as tulipas e pico-me e magoo-me e dói-me. Não igual. É outra dor que a da rosa faz parte do passado. Esta também fará quando a curar. Ficará o gosto pela flor. Só pela flor. Sem comparações – ou alguma que me seja impossível não estabelecer…

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Se conseguir simplificar a minha vida ao que de mais básico ela possa vir a necessitar vislumbro estandos de felicidade. Tais pensamentos são tão ou mais frequentes quando dou por mim, olhando para mim e para a minha vida com um total, absurdo mas absoluto desinteresse.
E então penso que não preciso ir muito longe. Que de mim, querendo ou não, não me é possível fugir.
Peço mar. Um marido pescador, os meus/nossos filhos. Que ele me trate bem.
Que eu goste dele.
Vejo com uma clareza e nitidez que só a nossa imaginação é capaz de fabricar:
O meu rosto marcado, vincado pelo sol, o cabelo seco apanhado num rabo de cavalo. De lado há muito postas de parte as vaidosices.
A cara despojada de creme ou base ou rouge ou sombra. O corpo que cheira a corpo e a maresia e não a um desses perfumes caros. De lado as roupinhas de menina bonita, os conjuntinhos, as combinações.
O coração nas mãos de tanto que aperta ao ver o meu marinheiro a fazer-se aà vida e entrar no mar. A mão esticada sobre os olhos para que o sol não me impeça de o ver bem. O olhar a perder-se no horizonte longe. Lá longe onde não se sabe onde começa o céu e acaba o mar.
Acordar desse transe com a voz dos meus filhos a puxarem-me as saias.
De manhãzinha vou lavar a roupa para o tanquee estendo-a enquanto faço contas á vida.
Antes do jantar vamos todos à praia, findo o dia de trabalho e de estudo para alguns deles. Contar-lhes histórias de sereias e marinheiros como o pai. Passam-me a mão pelo cabelo seco pelo sol e dizem que a mãe foi a sereia mais bonita que o pai encontrou e que foi por isso que se enfeitiçou por mim. Enquanto me rio contenho as lagrimas num soluço. Passo-lhes a mão pelos cabelos, acabo de dar de mamar. E penso que talvez seja hora de lhes contar outras histórias....

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Nada expressa melhor a palhaçada que se passa neste país

Não há dúvida que o humor é mesmo o melhor REMÉDIO!!!

sábado, janeiro 12, 2008

O que o tempo desfocou

Parece que se passou muito tempo. Tanto tempo que já perdi os contornos do teu rosto e tudo o que me resta é uma imagem desfocada que me recorda fugazmente o que foste. Deixei de te saber de cor. Deixaste de ser o mesmo, pelo menos como te conheci e agora não reconheço.
Este tempo deve-te ter alterado. Alterou-me a mim ou antes retomei a minha vida sem contar contigo. Custa mas é possível. Racionalmente tento compreender o sucedido, embora sem fazer grande esforço porque há coisas que escapam ao entendimento, e a ferida aberta já começava a ser profunda. Tratei dela, continuo a tratar. Já não sangra, mói mais do que dói.
Talvez um confronto directo, que não desejo, me ditaria a verdade mas não anseio ver-te ou rever-te de novo. Não é isso. Mas no tempo em que convivemos mais assiduamente tomei uma parte de ti que começou a ser uma espécie de espelho de quem fui quando estávamos juntos. Não foi muito tempo. O suficiente.
Por mera curiosidade pergunto-me se estarás bem, se estás feliz. Ainda ontem te ouvi mas não te ouvia verdadeiramente. Porque estás desbotado. Mas não guardo qualquer resquício de rancor. Foi como tinha de ser e quando teve de ser. Foi tempo. Foi o destino ou o seu primo direito - o acaso.
Foi depressa. Foi abrupto. De repente enchias-me de promessas, outras faziamos planos. Sempre consciente que os fazíamos no campo do não realizável. Sonhos e esperanças que se desfizeram nas ondas de um mar salgado que certo dia correu sobre o meu rosto.
Este revivalismo é uma introspecção, vazio de significado sentimental. Não são saudades. É o acordar para a realidade. Para voltar ao dia-a-dia. Para usufruir de tudo o que esse dia me possa oferecer. Com mais uma experiência, mais um rosto e mais alguém que deixei entrar na minha vida de portas abertas mas que já não faz parte dela. E , inexplicavelmente, sinto um certo alívio. Respiro melhor. Inspiro e expiro este elixir que é a mágoa misturada com a força de viver.
Talvez sejam saudades de mim. Desse tempo recente em que acreditava e me enchia de esperanças. E depois enchia-me de tristeza. Insustentável.
A vida trocou-me as voltas e a única saída era afastar-me de ti. Quando me começaste a fazer pior do que melhor. Não quero ser radical. Não sei ao certo como será mas imagino pois apesar de ter passado pouco tempo sinto que consigo prever nas entrelinhas o desfecho. E já não quero mais. Estou cansada. Posso estar errada. Posso não estar. O coração diz-me que não será muito diferente do que imagino. Eu ouço-o.
Só para te dizer que não és reflexo de mim. Que hoje pensei em mim e por acaso em ti....

segunda-feira, janeiro 07, 2008

De olhos semi abertos


" Será que o mundo, que arranja sempre maneira, um dia me descobrirá?" - por vezes questiono-me. Não me fecho ao mundo. Vivo nele e sou sua parte integrante. Se me perco é porque os meus olhos não conseguem focalizar bem o essencial, o que até é normal. Não ando com eles fechados. Não durante o dia, não enquanto desperto para a vida. Estará ele zangado? Ou é uma reconciliação à vista ainda que eu não a vislumbre?...
Diz-se muitas vezes que um ser sozinho não é completo. A solidão é boa quando desejamos ter esses momentos só nossos. Mas sou um ser social, não me encerro em nenhum castelo qual Rapunzel. E já não tenho idade para acreditar em princípes encantado, nem as tranças.
Não é só no amor que questiono se me descobrirão ou se eu descobrirei alguém. Em todas as facetas da vida. Ser-se só não é um estdado de graça. Estar só porque se precisa é muito diferente.
Deixei-me de alguns radicalismos que primavam a minha dolescência, amoleci noutros aspectos, endureci nos restantes. Como se estivesse a cozinhar e a juntar todos os ingredientes, o resultado é a minha pessoa. Deve-me ter escapado algo. Ou não. Não importa.

Das cinzas levantei as asas e voei


Sinto-me uma Fénix que das cinzas renasceu e pode iniciar, melhor - dar continuidade novamente à sua vida. Porque a vida por vezes tem destas coisas - pára por instantes, dá-nos um colo onde dormimos e quando acordamos sabemos que temos de continuar. Mau grado os arranhões que ela nos possa causar há que tratá-los e levantarmo-nos de novo ainda que morrendo por dentro.
Não se inicia uma vida porque há todo um passado que não se pode apartar dela. São insígnias que nos acompanham ainda que nem lhes prestemos atenção, estão lá e fazem parte do que nos tornamos. Eu sou o que sou, fruto do que já vivi e com sede do que terei para viver. Sou em crescente aprendizagem. Sou sendo eu mesma com os traços de personalidade já marcados, sabendo o que quero e o que não quero. Ou mais ou menos. É raro termos certezas absolutas pois o mesmo seria dizer que os dias que se sucedem nada de novo nos podem trazer de frutífero ou não. Tenho certezas de algumas coisas. Todos temos. Mas em relação à vida só há uma - que um dia, não sabendo como nem porquê a morte chegará. As outras estão sujeitas a mudança.
Num ano que se inicia tudo poderia ficar igual. Tudo pode ou não. Neste campo mais pessoal eu não quero que fique tudo igual.
Entrei em auto-combustão. De noite morri. Acordei com o sol a bater-me nos olhos sem pedir licença e regressei. Sigo ou tento seguir em frente. O caminho desconhecido, a estrada, as curvas, as intersecções que me esperam e que desconheço. Sem medo. Com medo ficamos na encruzilhada. Ou enterrando o medo, se for caso de o ter, no fundo mais fundo de mim. Para que não me estorve nem me canse nem me impeça de continuar.

quarta-feira, janeiro 02, 2008

Portugal = Maria Vai Com As Outras

Não gosto de entrar em politiquices mas que este país cada vez está pior está. E o pior é que as altas patentes que o lideram continuam a atirar areia, mas muito pouquinha e muito fininha - para os nossos olhos já tão habituadinhos que nem faz diferença.
Olhando para cerca de dez anos atrás só mudavam os políticos - as queixas mantinham-se. Agora mudaram os políticos, as políticas, mas continua a ser tudo um macacada. Um país de bananas sem identidade. Não venham falar de fado, não é disso que hoje se trata.
O primeiro-ministro arma-se em grande estadista - o Tratado -que devia ser referendado e que até chegou a ser embora chumbado noutros países - é assinado em Lisboa. É pá porreiro.
A cimeira que precedeu a guerra no Iraque teve origem na base das lages - porreiro não espectacular.
Entra o novo ano e uma nova lei de tabaco tão mal explicadinha que não se percebe nadinha. Ainda se percebe menos o aumento do Tabaco porque 80% do que é pago por um maço de tabaco vai para os cofres do estado e não para as tabaqueiras. Logo poderíamos concluir que esse dinheiro, e que é muito, seria aplicado em formas mais eficazes ao nível da saúde por exemplo para ajudar os que mais precisam. Naaaa - as taxas moderadoras sobem, fecham-se urgências mas pronto é porreiraço porque assim já estamos nós a imitar os nossos queriduxos americanos.
Como se a América quisesse saber de Portugal. Ou as Nações Unidas. É a própria história quem o diz.
Os países ricos interferem com países de onde sabem que poderão extrair alum benefício monetário para eles próprios e nesse campo portugal nada tem para oferecer. Portugal oferece uma subserviência ridícula, descura os seus, enche-se de vaidade e de grandezas quando os que cá vivem financiam essas suas manias e sofrem com as tolices que fazem.
Agora as escolas não vão poder ter nomes de santos só não sei é como essa medida pretende melhorar o ensino, mas tudo bem. A ministra deve sentir alguma satisfação em não fazendo nada aparecer nos telejornais, enquanto os problemas da educação em Portugal se agravam...
Eu não sei mas se Sócrates e toda a escumalha que tem poder, poder que se estende aos seus ministros, a instituições que deviam ser públicas mas que o estado lá vai meter a mão, a quase todos que estão na "oposição" sendo esta tão fraquinha que nem se percebe para que existe, não sei onde vamos parar. Já se tentam imiscuir na justiça - juizes e tribunais, PJ, e demais... Deixa de existir a ordem que regula esses organismos para imperar a ordem do Estado. Agora digam-me, que raio de democracia é esta?????
Já não basta gritar BASTA. A acção é que pode originar alguma reacção. Ir para o café armados em coitados, falar sem falar verdadeiramente do estado do país mas nada fazer para o abanar não chega.
Escrever não chega. O contra-poder não existe só o desejo por mais poder. Quem pode parte e deixa a terra. Quem vive nela sofre igual. Só duas classes sociais substitirão: as muito ricas e as muito pobres. E nós como vamos viver neste mundo que está retorcido???? Neste país que é nosso de nome mas que de nós só quer o dinhéiro, principalmente daqueles que menos podem???
Gostava de responder e resolver. Sou uma só. Revolto-me e zango-me.
E rio-me da tristeza desta Maria que vai com as outras iludida que as outras a vão olhar de forma diferente....